NO DESERTO DO ATACAMA
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Nosso primeiro relato é do leitor Luiz Carlos que viajou do Brasil até o deserto do Atacama que está localizado na região norte do Chile até a fronteira com o Peru. Com cerca de 1000 km de extensão, é considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo, pois chove muito pouco na região, em consequência das correntes marítimas do Oceano Pacífico não conseguirem passar para o deserto, por causa de sua altitude. Assim, quando se evaporam, as nuvens úmidas descarregam seu conteúdo antes de chegar ao deserto, podendo deixá-lo durante épocas sem chuva.
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Veja agora os detalhes dessa viagem com imagens fascinantes, com a palavra Luiz Carlos...
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POR: Luiz Carlos do Nascimento
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Gosto muito de praticar atividades físicas e uma das minhas preferidas é correr. Então neste ano de 2016, resolvemos (eu e minha esposa) participar de uma corrida no Deserto do Atacama (eu 42 kms e ela 6 kms) e a melhor maneira que achamos de ir até lá era com nosso carro que nada mais é que uma Tucson 2016/2017, GLS 2.0, 2WD 16v, automática que adquirimos, saindo de um Fox Comfortline 2015. 1.6, 8v.
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Os amigos quando souberam somente me “elogiaram” como, por exemplo, “seu louco, que loucura, viajar quilômetros e quilômetros com um veículo ‘beberrão’ e sem muita autonomia”... Mas como já tinha adquirido a Tucson e a viagem já estava toda esquematizada, não me abalou muito mesmo sabendo que iria gastar mais no combustível.
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Já nos primeiros 600 km que rodei com ela na cidade, deu para perceber o seu consumo de combustível e pensei que caso na estrada o consumo fosse um absurdo, na volta trocaria por outro veículo, mesmo percebendo o conforto da Tucson. No dia 01 de novembro, iniciamos nossa viagem, saindo de Santos, passando pela cidade de São Paulo e de lá, em direção à Guarapuava/PR, rodamos 671 km (BR 116 e 277), completando o tanque apenas uma única vez.
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No dia 03, continuamos nossa viagem assim:
- Guarapuava/PR até Ituzaingó/Argentina – 712 km (BR 373 e RN12);
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- Dia 05, Ituzaingó até Monte Quemado/Argentina – 699 km (RN16);
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- Dia 06, Monte Quemado até Tilcara/Argentina + rodagens na região – 936 km (RN16 e 9);
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- Dia 09, Tilcara/Argentina até San Pedro de Atacama/Chile (via Paso de Jama) – 536 km (RN 52 e ruta 27);
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- Dia 10, 11, 12, 13, 14, San Pedro de Atacama e região – 430 km (ruta 23 e 27);
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- Dia 15, 16, San Pedro de Atacama até Antofagasta/Chile + rodagens na região – 590 km (ruta 23, 25 e Panamericana;
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- dia 17, Antofagasta/Calama/San Pedro de Atacama/Chile – 313 km (ruta 23, 25);
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- dia 19, San Pedro de Atacama/Chile /San Antonio de Los Cobres/Argentina até Salta/Argentina (via Paso de Sico) – 450 km (ruta 27, RN 52 e 51);
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- dia 21,22, Salta/Argentina até Resistência/Argentina+rodagens na região – 900 km;
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- dia 23, 24 Resistência/Argentina até Santo Ângelo/RS e região – 593 km;
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- dia 25, 26, Santo Ângelo/RS até Barra do Ribeiro/RS + região – 500 km;
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- dia 27, Barra do Ribeiro/RS até Florianópolis/SC – 510 km;
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- dia 29, Florianópolis/SC / São Paulo / Santos – 756 km.
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Rodamos 8.596 km entre Brasil/Norte da Argentina/ Norte do Chile em estradas de asfalto, terreno arenoso e terreno com cascalho. Em todo o trajeto, não deixamos o tanque de combustível zerar, o carro era reabastecido totalmente em média a cada 500 km no máximo.
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Utilizamos a gasolina (nafta) mais barata e de menor octanagem, na Argentina usei apenas a super, grado 2, 17,50ars (R$ 3,71) (apesar de gostarem é de vender a mais cara, a grado 3, até R$ 5,00 o litro) a mais barata de todas (a comum) grado 1 não encontrei em nenhum posto e no Chile gasolina 93, 757,20clp (R$ 3,93).
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Já no Brasil a comum em média custou R$ 3,40 e já a média geral do combustível por litro ficou em torno de R$ 3,68. Foram consumidos 795 litros (R$ 2.925,60) de gasolina. A média de consumo da Tucson ficou em 10,81 km/l e a velocidade média na viagem foi de 120 km e utilizando ar condicionado em 85% do trajeto.
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A Tucson provou tudo ao contrário do que me falaram, ela precisou somente de motorista e combustível (risos), duas lavagens para tirar a poeira das estradas, completei umas quatros vezes o reservatório de água para usar nos vidros, do início ao fim da viagem não precisei calibrar nenhuma vez os pneus. Em nenhum momento nas mais variadas altitudes (chegamos a subir até 5.000 msnm) e temperatura (uma manhã pegamos uma temperatura negativa de 17 graus) percebemos qualquer perda de potência ou falha desta nave. Na verdade houve apenas um problema, porque saí da trilha em terreno arenoso no deserto, e aí ela ficou atolada nas rodas dianteiras, por sorte não precisei de muitos esforços para sair porque tivemos ajuda de uma Hilux 4x4...ufa...
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Agora é planejar outras viagens, estamos pensando em um lugar gelado tipo sul da Argentina e Chile região da Patagônia, para testar novamente o veículo.
Ah! Não vou trocar mais a Tucson... (risos)
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Se você gostou da história contada pelo nosso e tem uma parecida para nos contar, envie o seu relato e fotos em nosso email clubetucson@hotmai.com
Segue abaixo registros da viagem...